O Boston Celtics voltou ao topo do mundo da NBA. Após anos de reconstrução, frustrações em finais e críticas sobre o encaixe entre suas estrelas, a equipe comandada por Jayson Tatum e Jaylen Brown finalmente atingiu a maturidade — e o resultado é uma das formações mais dominantes do basquete moderno. O “orgulho verde” renasceu, combinando talento, defesa e uma mentalidade vencedora digna da história de 17 títulos da franquia.

A química que levou tempo para florescer

Desde que chegaram à NBA, Tatum e Brown foram vistos como o futuro dos Celtics. Ambos escolhidos no Draft com apenas um ano de diferença (2016 e 2017), os dois cresceram sob intensa pressão para entregar resultados rápidos. Durante anos, críticos afirmavam que eles “não podiam jogar juntos” — que eram talentosos demais individualmente, mas com estilos parecidos.

No entanto, sob a liderança do técnico Joe Mazzulla, essa narrativa mudou completamente. O treinador jovem e disciplinado conseguiu extrair o melhor da dupla, transformando-os em uma parceria harmoniosa.

“Aprendemos a confiar um no outro”, disse Tatum em entrevista. “Hoje, sabemos quando é a hora de cada um brilhar — e quando é hora de fazer o time brilhar.”

O ataque mais eficiente da liga

Os Celtics de 2025 são uma máquina ofensiva. A equipe lidera a NBA em eficiência ofensiva, com média superior a 122 pontos por jogo, graças a um sistema baseado em movimentação de bola, espaçamento e aproveitamento de arremessos de três pontos.

Tatum, com média de 29 pontos e 8 rebotes, continua sendo o jogador mais versátil do elenco, enquanto Jaylen Brown contribui com 25 pontos e uma defesa intensa. A chegada de Kristaps Porziņģis, com sua capacidade de espaçar a quadra e proteger o aro, e do armador Jrue Holiday, especialista defensivo, completou o elenco de forma perfeita.

Com esses reforços, os Celtics conseguiram o equilíbrio que faltava: um ataque explosivo e uma defesa sufocante. O resultado é um time que domina ambos os lados da quadra.

A defesa que sufoca adversários

Historicamente, Boston sempre se destacou pela defesa — e essa tradição permanece viva. O perímetro formado por Holiday e Derrick White é um dos mais temidos da liga, enquanto Porziņģis e Al Horford protegem o garrafão com inteligência e experiência.

O sistema de Mazzulla é construído em torno de versatilidade e comunicação. Qualquer jogador pode marcar qualquer posição, e isso cria uma pressão constante sobre os adversários. Em números, os Celtics estão entre os três melhores times defensivos da NBA, permitindo apenas 106 pontos por jogo.

A maturidade de Tatum e o papel de liderança

Jayson Tatum, agora com 27 anos, atingiu o auge da carreira. Mais maduro, ele se tornou o líder que Boston esperava desde a saída de Paul Pierce. Seu foco e consistência são impressionantes, e sua ética de trabalho inspira o elenco inteiro.

Jaylen Brown, por sua vez, abraçou o papel de co-líder, elevando seu jogo e demonstrando maior inteligência tática. A rivalidade amistosa entre ambos se transformou em uma parceria poderosa — um reflexo da confiança que o técnico Mazzulla cultivou dentro do vestiário.

O renascimento do orgulho verde

Para uma franquia com uma das histórias mais ricas da NBA, cada título tem um peso simbólico. A torcida do Boston Garden, conhecida por sua paixão e exigência, voltou a sonhar alto. As arquibancadas estão sempre lotadas, e o grito “Let’s go Celtics!” ecoa como nos tempos de Larry Bird e Bill Russell.

Além do sucesso dentro de quadra, o time tem impactado fora dela: campanhas sociais, eventos comunitários e ações em escolas locais reforçam o papel dos Celtics como símbolo de Boston — uma cidade que respira esporte e tradição.

Os Boston Celtics atuais representam o equilíbrio perfeito entre talento individual e força coletiva. A dupla Tatum e Brown, antes questionada, agora é referência de sucesso e trabalho em equipe.

Com um elenco profundo, uma filosofia clara e o espírito competitivo que define a franquia, o “verde orgulhoso” está de volta ao seu lugar de direito: no topo da NBA.